segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sou dessas mulheres

Sou dessas mulheres que pensam que não são como as outras mulheres. Nunca me senti com atitudes parecidas com as de outras mulheres. Primeiro porque sempre aprendi que a típica mulher adora sapatos. E para falar a verdade, nunca me senti fascinada por sapatos. Principalmente, salto alto. Esses dias, aqui na Rua das pedras em Búzios, vi várias mulheres de salto plataforma perambulando pelas irregulares ruas. Nunca fui vaidosa a este ponto.

O segundo fator é que nem sei usar maquiagem. Porque não gosto também. Uso sim um batom, uma sombra. Algumas mulheres se esbaldam de maquiagem até para ir ao supermercado. Parece que estão esperando o príncipe encantado em qualquer latinha de atum. Mas, até as casadas usam maquiagem assim, diga- se. Querem sentir- se assediadas pelos outros barrigudos. Algumas são até assustadoras sem a maquiagem: de Gisele Bunchen se transformam em babuínas do Zorra Total. Aí, como eu estou bandida! Mas, enfim. Maquiagem é uma necessidade feminina.

O terceiro aspecto é o romantismo feminino. Aquele desejo de logo nos primeiros meses de namoro sentir a necessidade de casar- se. Muitas vão falar que não querem casar ou não querem ter filhos. Mas a verdade é que só pensam isso por causa de uma grande decepção. Ou algum grande exemplo familiar. “Agora vai”, “É esse”. E depois de 2 anos de namoro tudo acaba, mas a esperança permanece. E o ciclo se perpetua. Eu sempre tive a idéia de viver cada momento com a pessoa que estivesse do meu lado. Sou do tipo “que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure”, de Vinícius de Moraes. Sem imaginar plantações de filhos e panelas no fogão.

Mas evitei o inevitável. Essa alma feminina te corrompe por inteira. Não que eu me imaginei casada, mas senti- me com as mesmas frustrações reclamadas por tantas. O telefonema que não chegou, descobrir que você foi trocada pela Susan Boyle 2.0, ou que ele não queria nada sério. E nessas horas você percebe que amadureceu enquanto mulher. Mas que merda!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Há palavras que conquistam você.Gostei da palavra hermética, que já estava há muito tempo martelando em meus pensamentos. Eis uma palavra que parece meu nome.
Quando falarem pra mim:
- Você é estranha.

Eu vou responder:

- Não. Eu sou hermética.

Soa mais sofisticado. Mas se for a mesma pessoa que escuta e canta "ai, se eu te pego", certamente não vai saber o significado e vai continuar me achando esquisita.