quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Psique

Sou um equívoco transpirante.
Não deixo de ser eu, embora a fuga esteja sempre em minha vontade lúcida
de não existir em mim.
Agora existo e me queixo sempre: Por que ser assim?
Trago-me num invólucro inconsciente, sabendo que é essa bebida que me mata.
Discordo em desatino sobre mim e serpenteio as emoções mais fugazes.
Sou eu que me vejo todos os dias no espelho perpassada pela alma cruel que não escolhi.

Não, não há escolha. É um duelo sôfrego entre a consciência, a razão e o inexplicável.
Esta é a minha psique.




3 comentários:

  1. Entre a sofreguidão consciente, racional e inexplicável, um olhar para o outro é um ótimo recurso para lapidar nossa alma.
    Deixar-se apreciar pelo olha alheio e de modo alheio observar o que nos faz humanos é um exercício diário de remodelagem da alma, que é eterna mas não imutável. Ela tem necessidades de mudança, tal como temos de vestir, mudar. A grife preferida da alma é notar-se no outro, o mais perfeito espelho que pode existir!

    ResponderExcluir