sexta-feira, 13 de abril de 2012

INTROSPECTIVAS

Minh` alma silencia.
Mas é calada que escorre a tempestade.
Sem barulho, sem grito refrigério.

E nessas horas de limbo,
sinto falta de mim mesma.
Em que sôfrega e efusiva
fazia avaliações intempestivas sobre a vida.

E agora, o que faço eu?
Se neste instante qualquer coisa é qualquer coisa.
Se tanto faz o filme, tanto faz a música
e se tanto faz a comida.

Quero desacomodar- me.
Quero ser idiossincrático.
Para abandonar as premissas do senso comum.

Ser, naturalmente, o meu retrato.

2 comentários:

  1. O Senso Comum® recomenda: faça do comum, o incomum.
    =)

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  2. Ser você mesmo. Taí algo aparentemente fácil, mas, que na verdade, é bem mais difícil de ser no dia-a-dia. Abrimos mão de nós mesmos de vez em quando; medimos nossos gestos, podamos nossas atitudes diante de algumas situações quotidianas apresentadas, e para quê?? Ora, pra agradar, não ofender, pra ser desesperadamente aceito por outrem, ou pelos outros. Sabe, a gente às vezes se faz de ator. Colocamos uma máscara e saímos por aí levando tapas e coices, mesmo pondo essa dramática proteção facial. Ser, naturalmente, o nosso próprio retrato é complicado. Mas isso não quer dizer que não tentamos, né? Bom demais esse seu poema. Ruim apenas foi que ele me fez escrever demais! Um beijo pra você, cara Nayana.

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