Sobrepujo os espaços opacos da mente
E te transformo no elo
Que me traz à vida.
Como se fosse a única saída...
A saída de mim
A saída do fundo
O fundo do qual você não quer pertencer.
O meu sentimento é abstrato
É pseudo filosófico
É triste
Porque nos calabouços do meu pensar
A tua carne não é concreta
São Escapismos que divago.
E pra quê?
Se o que resta é sempre ausência?
Mas um dia
Hei de acreditar
Que minha ausência foi guardada
Pra que usássemos todos os clichês românticos
E diria cafona: você foi a minha ausência.
E falaríamos mais trezentos clichês.
Porque queria ouvir o que já inventaram.
A ausência, quando sentida, traz para o presente aquele que a gente sente falta. Rememorar é um ato de invocação, que ameniza, mentalmente, a ausência física daquele que não está lá, mas que também está. Gostei do poema. Beijo, Nayana! :)
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