sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Ausência

Minha vida é um palco dramático
Sobrepujo os espaços opacos da mente 
E te transformo no elo 
Que me traz à vida. 

Como se fosse a única saída...
A saída de mim
A saída do fundo
O fundo do qual você não quer pertencer. 

O meu sentimento é abstrato 
É pseudo filosófico 
É triste 
Porque nos calabouços do meu pensar 
A tua carne não é concreta 
São Escapismos que divago.

E pra quê?
Se o que resta é sempre ausência? 

Mas um dia
Hei de acreditar 
Que minha ausência foi guardada 
Pra que usássemos todos os clichês românticos 
E diria cafona: você foi a minha ausência. 
E falaríamos mais trezentos clichês. 
Porque queria ouvir o que já inventaram. 




Um comentário:

  1. A ausência, quando sentida, traz para o presente aquele que a gente sente falta. Rememorar é um ato de invocação, que ameniza, mentalmente, a ausência física daquele que não está lá, mas que também está. Gostei do poema. Beijo, Nayana! :)

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